Como construir um Terrário

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Como construir um Terrário

Conforme a nossa paixão e conhecimento por estas plantas vai crescendo, normalmente, o número de plantas e espécies também aumenta na nossa colecção. Com o avançar do tempo, começamos a sentir a necessidade de ter um terrário, para aquela espécie mais sensível, germinar sementes, ou simplemente por uma questao de estética. Este tutorial é para todas essas pessoas que pretendem fazer um terrário para as suas plantas.

Existem varios tipos de terrários/aquários á venda para todos os gostos e bolsas. Se não pretende ter muito trabalho e tem algum dinheiro extra para gastar, a melhor opção é mesmo comprar um.
Se gosta e tem jeito para a bricolage e tem material em casa que possa aproveitar, aconselho vivamente a utilizá-lo. Não só poupa dinheiro como pode construir o terrário consuante as suas necessidades.


factores a ter em conta na construção de um terrário:

1. - O terrário deve ter um tamanho adequado ao tipo e número de plantas que se pretende lá colocar.
2. - Luzes, humidificador, temporizador, higrómetro, uma ventoínha para ventilação e papel de alumínio.
2.1. - Aconselho um Kit de iluminação 2x75w(lâmpadas fluorescentes) - Growing 6500ºK Day Light com respectivo reflector, é o suficiente na maioria dos casos. O que devemos ter em mente é que, o total de watts não seja inferior a 125w, de resto, podem ser usadas 2, 4 ou mais lâmpadas.
2.2. - Apesar de opcional é sempre uma mais valia para obter o nível desejado de húmidade.
2.3. - existem vários modelos, analógicos e digitais para todos os gostos e preços, escolha um a seu gosto.
2.4. - Fundamental para controlar a percentagem de húmidade no terrário.
2.5. - Qualquer vulgar ventoínha de PC serve perfeitamente para o efeito.
2.6. - Para forrar o terrário exteriormente, para maximizar a luminosidade.
         Existem no mercado alternativas de melhor qualidade á venda, mas mais dispendiosas.
         Se for para um terrário com dimensões consideráveis, aconselho a usar papel reflector de melhor qualidade, não só pelas razões óbvias, mas também, porque em superfícies grandes se torna difícil trabalhar com a folha de alumínio devido ao facto de ser muito fina.




3. - Depois de construído e com as plantas lá dentro, colocar o terrário num local fixo. Mudar o terrário de um lado para o outro sem ter um sítio certo, só irá prejudicar o desenvolvimento das plantas ou mesmo levar a alguns acidentes indesejáveis. Leve em consideração que, futuramente, vai necessitar de acesso ao terrário para manutençao, rega, etc.

Assim que tiver o material necessário, mãos-á-obra!



Neste tutorial foi usado um aquário que tinha guardado á vários anos sem uso.
Decidi, por isso, "reciclá-lo" e transformá-lo num terrário para as minhas carnívoras! :)


Material:

- Aquário de vidro(C80xL40xA60cm)
- Kit de iluminação 2x75w(lâmpadas fluorescentes) - Growing 6500ºK Day Light com respectivo reflector.
- Ventoinha de PC
- Higrómetro analógico
- temporizador analógico
- Folha de alumínio


1º Passo:
Independentemente da opção escolhida(terrário comprado ou construído), devemos antes demais, lavar bem o terrário antes de colocar qualquer material lá dentro. Devemos lavar com água destilada, da chuva ou por osmose inversa. O importante é não lavar com água normal pois vai contaminar o terrário com substâncias nocivas que mais tarde poderão afectar o desenvolvimento das plantas. Feito isto, podemos começar a montar o terrário para receber as plantas.


2º passo:
Colocação do papel de alumínio.
esta parte é simples, pega-se na folha de alumínio corta-se á medida e com um pouco de fita adesiva, cobrimos o lado esquerdo, direito e a parte de trás do terrário. Atenção, a parte reflectora deve ficar virada para dentro do terrário, como é obvio!


3º passo:
Assim que tivermos o terrário bem lavado e seco e com a folha de aluminio posta, podemos passar para a fase seguinte: a colocação do substrato(solo). Começamos por colocar argila expândida(o objectivo da arguila expândida é conservar a água e aumentar o nível de húmidade) no fundo do terrário, 2 a 3cm de arguila expândida é suficiente.




3.1. - Se a sua intenção é colocar as plantas no terrário nos seus próprios vasos, então, pode avançar para o 5º passo.
3.2. - Se a intenção é colocar as plantas, directamente no solo do terrário, continue a seguir o tutorial.


4º passo:
De seguida, iremos colocar o restante solo, neste caso uma mistura previamente feita de turfa loira(2/3) e perlite(1/3). Nesta fase é a sua imaginação que deve entrar em acção! Tanto pode espalhar o solo uniformemente ou colocar um pequeno monte num dos cantos do terrário. Como referi, a imaginação é o limite. O importante é que a parte mais baixa tenha no minímo 4 a 5cm de solo.


5º passo:
Agora que temos o solo colocado no terrário, passemos á fase da colocação das nossas queridas plantinhas! :)

5.1. - Se optou por colocar as plantas com os vasos, basta pousa-los na arguila expândida tal como estão, da forma que achar mais conveniente. Avance para o 6º passo.
5.2. - Se preferiu colocar as plantas directamente no solo, continue a seguir o tutorial.

A melhor maneira para colocar as plantas dentro do terrário é, tirá-las dos vasos tal como estão(com solo e tudo), e coloca-las no solo do terrário em buracos previamente feitos á medida dos mesmos.
Esta é a melhor maneira sem causar grande transtorno para as plantas ou raízes.


6º passo:
Temos o nosso terrário quase pronto, já só nos falta montar os restantes acessórios!
Colocação do termómetro, higrómetro, ventoínha, iluminação e húmidificador/nebulizador(este último é opcional, siga as instruções do produto para a montagem e utilização).

Termómetro - Sensívelmente a meio da altura do terrário. Dependendo do modelo, pode inclusivé, ficar pousado no substrato.

Higrómetro - Tal como o termómetro depende do modelo escolhido. Pode ficar pousado no substrato. Não colocar próximo da iluminação.

Ventoínha - Deve ser colocada na metade superior do terrário. Mais uma vez, atenção com a proximidade da iluminação.

Iluminação - É a última coisa a ser colocada no terrário. Se optou por um kit, basta colocá-lo na parte superior da terrário. Siga as instruções de montagem do produto.

Especial atenção na colocação do termómetro e higrómetro, não colocar perto da iluminação, pois vai dar leituras elevadas erradamente.


Nas fotos seguintes poderá ficar com uma ideia do resultado final:






Neste momento é como eu tenho o meu terrário!
Num futuro próximo, irei mudar o sistema de iluminação por um mais comprido. Este é um pouco curto e a luminosidade não é suficiente. Também pretendo colocar no laguinho um nebulizador para aumentar a húmidade. Acho que vai ficar bacano. Optei por não colocar nenhuma ventoínha devido ao tamanho do terrário. Conforme está tem ventilação suficiente.


Algumas lojas onde comprar material:

Plantas:
http://www.czplants.com
http://www.carnivoras.org
http://www.karnivores.com

Acessórios:
http://www.rsdiscus.com.br
http://cognoscitiva.com
http://www.termomed.net

Substratos:
http://www.sipqa.com/produtos_02turf1prof.htm
http://www.liscampo.com/Floracampo.htm (representante "sipqa" da zona norte de Portugal)


Espero que com este tutorial, tenha ficado com uma ideia clara de como construir um terrário. E fique com uma pequena obra de arte da qual possa apreciar, adorar e ficar orgulhoso(a)! :)

Plantas Carnívoras no Mundo - América do Sul

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A América do Sul é das zona do mundo com um maior número de espécies de plantas carnívoras.
Da Venezuela ao Brasil, é nesta zona que cresce a belissíma Heliamphora, passando pelas belas e adoráveis espécies de Droseras.






Pinguicula

São poucas as plantas desta espécie nesta parte do mundo.





  • P. antarctica (endémica): Argentina e Chile.
  • P. calyptrata (endémica): Colômbia, Equador, e Peru.
  • P. chilensis (endémica): Argentina e Chile.
  • P. elongata (endémica): Colômbia e Venezuela.
  • P. involuta (endémica): Bolívia e Peru.
  • P. jarmilae (endémica): Bolívia.





Drosera
Esta género encontra-se bem representado, algumas das espécies encontradas são das mais belas.








  • D. arenicola (endémica): Venezuela.
  • D. arenicola var. occidentalis (endémica): Venezuela.
  • D. ascendens (endémica): Brasil.
  • D. biflora (endémica): Venezuela.
  • D. brevifolia: Brasil e Uruguai.
  • D. camporupestris (endémica): Brasil.
  • D. capillaris: Brasil, Colômbia e Venezuela.
  • D. cayennensis: Brasil, Colômbia e Venezuela.
  • D. cendeensis (endémica): Venezuela.
  • D. chrysolepis (endémica): Brasil and Peru.
  • D. communis (endémica): Brassil, Colômbia, Paraguai e Venezuela.
  • D. communis var. pauciflora (endémica): Argentina, Brasil, e Paraguai.
  • D. esmeraldae (endémica): Colômbia e Venezuela.
  • D. felix (endémica): Venezuela.
  • D. graminifolia (endémica): Brasil.
  • D. grantsaui (endémica): Brasil.
  • D. hirtella (endémica): Brasil.
  • D. hirticalyx (endémica): Venezuela.
  • D. intermédia: Brasil, Suriname, e Venezuela.
  • D. kaieteurensis: Guiana e Venezuela.
  • D. meristocaulis (endémica): Venezuela
  • D. montana (endémica): Brasil e Venezuela.
  • D. montana var. schwackei (endémica): Brasil.
  • D. peruensis (endémica): Peru.
  • D. roraimae (endémica): Brasil, e Venezuela.
  • D. sessilifolia (endémica): Brasil, e Venezuela.
  • D. solaris (endémica): Guiana.
  • D. tentaculata (endémica): Brasil.
  • D. tomentosa (endémica): Brasil.
  • D. uniflora: Argentina, Chile.
  • D. villosa (endémica): Brasil.
  • D. yutajensis (endémica): Venezuela.





Heliamphora
Todas as espécies deste género são exclusivas da Venezuela e Norte do Brasil.

Plantas Carnívoras no Mundo - Sul de África

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Neste artigo, vou incluir as espécies de plantas carnívoras que ocorrem no Sul de África. Incluindo Madagáscar e Seychelles. São elas: a Drosera, Utricularia, Genlisea e Roridula. Começemos pela espécie mais numerosa, a Drosera.




 Drosera
Tal como acontece em outros locais do mundo, a espécie Drosera é numerosa no Sul de África. Muitas das espécies são parecidas umas com as outras. A grande maioria é endémica.








  • D. acaulis (endémica): Sul de África.
  • D. admirabilis (endémica): Sul de África.
  • D. afra (endémica): Sul de África.
  • D. alba (endémica): Sul de África.
  • D. aliciae (endémica):Sul de África.
  • D. burkeana: Sul e Norte de África.
  • D. capensis (endémica): Sul de África.
  • D. cistiflora (endémica): Sul de África.
  • D. collinsiae (endémica): Sul de África.
  • D. aliciae × glabripes (endémica): Sul de África.
  • D. cuneifolia (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. dielsiana: Sul e Norte de África.
  • D. ericgreenii (endémica): Sul e Norte de África
  • D. esterhuyseniae (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. glabripes (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. hilaris (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. indica: Sul e Norte de África.
  • D. longiscapa (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. madagascariensis: Suazilândia, Sul e Norte de África.
  • D. natalensis: Sul e Norte de África.
  • D. nidiformis (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. pauciflora (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. ramentacea (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. regia (endémica):Sul e Norte de África.
  • D. rubrifolia (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. slackii (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. trinervia (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. venusta (endémica): Sul e Norte de África.
  • D. zeyheri (endémica): Sul e Norte de África.





 Utricularia
Tal como acontece com a Drosera, a Utricularia, também, tem uma quantidade considerável de espécies oriundas da África do Sul.






  • U. arenaria: Sul de África.
  • U. australis: Sul de África.
  • U. benjaminiana: Sul de África.
  • U. bisquamata: Sul e Norte de África.
  • U. cymbantha: Sul e Norte de África.
  • U. firmula: Sul e Norte de África.
  • U. foliosa: Sul e Nortede África e também nas Américas.
  • U. gibba: Sul de África.
  • U. inflexa: Sul de África.
  • U. livida: Sul de África e Lesoto.
  • U. prehensilis: Sul e Norte de África.
  • U. sandersonii (endémica): Sul de África.
  • U. scandens: Sul de África.
  • U. stellaris: Sul de África.
  • U. subulata: Sul e Norte de África.
  • U. welwitschii: Sul e Norte de África.






 Genlisea hispidula: Sul e Norte de África.












Roridula dentata e Roridula gorgonias (endémica): Sul de Áffrica.

Plantas Carnívoras no Mundo - Norte e centro de África

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O número de espécies de plantas carnívoras conhecidas em África, Madagáscar e as Ilhas Seychelles são enormes, por esse motivo, exclui as plantas carnívoras que são encontradas exclusivamente nos três países, a sul do continente: África do Sul, Lesoto e Suazilândia.



Genlisea
Cerca de metade destas espécies deste género ocorrem em África, todas são endémicas, excepto a G. hispidula que também ocorre na África do Sul:







  • G. africana (endémica): Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Zimbabué.
  • G. angolensis (endémica): Angola e República Democrática do Congo.
  • G. barthlottii (endémica): Guiné.
  • G. glandulosissima (endémica): República Democrática do Congo.
  • G. hispidula: Nigéria, Camerões, República da África Central, Quenia, Malawi, Moçambique, Tânzania, Zâmbia, Zimbabué África do Sul.
  • G. margaretae (endémica): Madagáscar, Tânzania e Zâmbia.
  • G. pallida (endémica): Angola e Zâmbia.
  • G. stapfii (endémica): Burkina Faso, Cote d'Ivoire, Gabão, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Senegal, Serra Leoa, Angola, Camarões, República da África Central, República Democrática do Congo.
  • G. subglabra (endémica): República Democrática do Congo, Malawi, Ruanda-Burundi, Tânzania e Zâmbia.
  • G. taylorii (endémica): Angola.



Drosera
Nesta parte do mundo, a Drosera está representada por espécies ainda pouco compreendidas:






  • D. affinis (endémica): Angola, República Democrática do Congo, Malawi, Mozambique, Tanzania, Zambia, and Zimbabwe.
  • D. bequaertii (endémica): Angola e República Democrática do Congo.
  • D. burkeana: Angola, República Democrática do Congo, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Tânzania, Uganda, Zâmbia, Zimbabué e África do Sul.
  • D. dielsiana: Malawi, Moçambique, Zimbabué e South Africa.
  • D. elongata: Angola.
  • D. humbertii (endémica): Madagáscar.
  • D. indica: Cote d'Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Madagáscar, Moçambique, Tânzania, Uganda, Angola, Namíbia e África do Sul.
  • D. katangensis (endémica): República Democrática do Congo.
  • D. madagascariensis: Guiné, Mali, Nigéria, Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Gabão, Quénia, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Tânzania, Uganda, Zâmbia, Zimbabué e África do Sul.
  • D. natalensis: Madagáscar, Moçambique e África do Sul.
  • D. pilosa (endémica): Guiné, Camarões, Quénia e Tânzania.

Plantas Carnívoras no Mundo - Sudeste da Ásia e Pacífico

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O sudeste da Ásia e Pacífico, são o habitat natural de algumas das mais belas e exoticas espécies de carnívoras. Os géneros de plantas carnívoras nativas dessa região são:

Aldrovanda, Utricularia, Nepenthes, Drosera e, claro, Byblis.


Aldrovanda
Esta espécie de planta carnívora foi registada, apenas, na ilha de Timor Leste.


Utricularia
Este género faz uma exibição agradável, com várias espécies que são endêmicas da região:

  • U. aurea: Filipinas, Malásia, Indonésia, and Papua Nova Guiné; também na Austrália e Ásia central.
  • U. australis: Indonésia (Sumatra, Java, Nova Guiné) e Filipinas; também na Europa, Ásia Central, África, Médio Oriente, Austrália e Nova Zelândia.
  • U. bifida: Malásia, Indonésia (Sumatra, Java, Borneo, Celebes, Nova Guiné), Filipinas, Palau, Micronésia e Guam; também na Ásia Central e Austrália.
  • U. caerulea: Malásia, Indonésia (Sumatra, Borneo, Java, Nova Guiné), Filipinas, Papua Nova Guiné, Palau, Guam; também em África, Ásia Central e Austrália.
  • U. chrysantha: Indonésia, Papua Nova Guiné e Austrália.
  • U. dichotoma: Nova Caledônia, Austrália e Nova Zelândia.
  • U. foveolata: Filipinass, Indonésia ( ilha de Java), África, Ásia Central e Austrália.
  • U. gibba: Malásia, Indonésia, Filipinas, Palau, Nova Caledônia, Ásia Central, Austrália, e Nova Zelândia.
  • U. heterosepala (endémica): Filipinas.
  • U. hirta: Malásia (Borneo) e Ásia Central.
  • U. involvens: Malásia, Ásia Central e Austrália.
  • U. limosa: Malásia, Indonésia (Nova Guiné), Ásia Central e Austrália.
  • U. minor: Papua Nova Guiné; também no Norte da América, Europa, Médio Oriente e Ásia Central.
  • U. minutissima: Malásia, Indonésia, Papua Nova Guiné e Filipinas.
  • U. muelleri: Papua Nova Guiné e Austrália.
  • U. pulchra (endémica): Indonésia (Nova Guiné).
  • U. punctata: Malásia, Indonésia (Sumatra, Borneo) e Ásia Central.
  • U. scandens: Malásia, Indonésia..
  • U. steenisii (endémica): Indonésia (Sumatra).
  • U. striatula: Filipinas, Malásia, Indonésia (Borneo, Sumatra, Java, Maluku, Nova Guiné) e Papua Nova Guiné.
  • U. subulata: Malásia, Indonésia e Austrália.
  • U. uliginosa: Malásia, Indonésia (Sumatra, Java, Borneo, Nova Guiné), Papua Nova Guiné, Palau, Guam, Nova Caledônia e Austrália.
  • U. vitellina (endémica): Malásia.


Nephentes
Este género é, sem dúvida, a planta carnívora mais bela e exótica de todas as espécies. Quase todas as espécies deste género estão restritas ao Sudeste Asiático.





Drosera
Apenas algumas espécies de Drosera ocorrem na região, e só uma delas é endémica (D. neocaledonica).

  • D. anglica: USA (Hawaii); também na Europa, Ásia Central, e Norte da América.
  • D. banksii: Indonésia, Papua Nova Guiné e Austrália.
  • D. burmannii: Malásia, Indonésia (Borneo, Celebes, Nova Guiné, Java), Papua Nova Guiné e Palau; também na Austrália e Ásia Central.
  • D. indica: Malásia, Filipinas, Indonésia e Papua Nova Guiné; também em África, Ásia Central e Austrália.
  • D. neocaledonica (endémica): Nova Caledônia.
  • D. peltata subsp. peltata: Indonésia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Ásia Central, Austrália e Nova Zelândia.
  • D. petiolaris: Indonésia (Nova Guiné) e Papua Nova Guiné e Austrália.
  • D. rotundifolia: supostamente existe na Indonésia (Nova Guiné); também no Norte da América, Europa e Ásia Central.
  • D. spatulata: Filipinas, Indonésia (Borneo, Nova Guiné), Malásia (Borneo), e Palau; também na Ásia Central, Austrália, e Nova Zelândia.


Byblis
Está presente a espécie B. liniflora - a maioria restrita à Austrália, também ocorre na Nova Guiné. Espécula-se que as plantas da Nova Guiné podem ser B. filifolia.

Plantas Carnívoras no Mundo - Médio Oriente

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As grandes extensões de terras áridas do Médio Oriente não são hospitaleiras para as plantas carnívoras. Nesta área, existem apenas sete espécies de plantas carnívoras, a partir de dois géneros:

  • Drosera rotundifolia: Israel.
  • Utricularia australis: Irão, Iraque, e Yemen.
  • Utricularia gibba: Egiptp e Israel.
  • Utricularia inflexa: Egipto.
  • Utricularia minor: Irão.
  • Utricularia stellaris: Egipto.
  • Utricularia vulgaris: Síria.
O baixo número de espécies de plantas carnívoras no Médio Oriente significa que, possivelmente não existe este tipo de plantas em muitos dos países da zona.

Plantas Carnívoras no Mundo - Europa

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Na Europa, as plantas carnívoras nativas são representadas por Aldrovanda, Drosera, Drosophyllum, Pinguicula, e Utricularia. A única endêmica Europeia é do género Pinguicula. Os países com a maioria das espécies de plantas carnívoras são a França e a Espanha (cerca de 17 espécies cada), enquanto que em termos de diversidade de género temos a, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Espanha, com quatro géneros cada. Abaixo fica, a lista de espécies europeias.



Aldrovanda
Historicamente a Aldrovanda vesiculosa foi encontrada em várias partes da Europa, um inventário dos países a partir da década de 1800 inclui a França, Suíça, Alemanha, Polónia, Checoslováquia, Áustria, Hungria, Roménia, Bielo-Rússia, Países Bálticos, Ucrânia, Rússia, Itália, Jugoslávia,  e Bulgária . Atualmente, só é encontrada na Hungria, Polônia, Romênia, Jugoslávia, Ucrânia e Rússia. As Populações (Introduzido ocorrer na Suíça.) têm estado em declínio devido à actividade humana - a destruição do habitat e degradação.



Drosophyllum
Drosophyllum lusitanicum é quase uma planta endémica europeia. O seu habitat natural é em Portugal e Espanha. No entanto, algumas plantas também são encontradas em Marrocos.





Pinguicula
A Europa é famosa pelo seu conjunto de espécies Pinguicula. Embora não seja tão grande quanto a lista de espécies do México, não deixa de ser impressionante. As espécies Europeias são apresentadas abaixo:






  • P. algida (endémica): Russia.
  • P. alpina: Espanha, França, Suiça, Austria, Itália, Eslovenia, Alemanha, Polónia, República Checa, Roménia, Noruega, Suécia, Finlândia, e Russia.
  • P. balcanica (endémica): Bosnia/Herzegovina, Juguslavia, Macedonia, Albânia, Grécia, and Bulgaria.
  • P. corsica (endémica): Corsega (França).
  • P. fiorii (endémica): França and Itália.
  • P. grandiflora (provavelmente endemica): Irlanda, Espanha, França, e Suiça.
  • P. hirtiflora (endémica): Itaália, Albânia, Bosnia/Herzegovina, Grécia, e Macedonia.
  • P. leptoceras (endémica): Suiça, Austria, Itália, e França.
  • P. longifolia (endémica): Espanha and França.
  • P. louisii (endémica): Albânia.
  • P. lusitanica: Reino Unido, França, Portugal, e Espanha.
  • P. macroceras: Russia.
  • P. mundi (endémica): Espanha.
  • P. nevadensis (endemica): Espanha.
  • P. poldinii (endémica): Espanha.
  • P. vallisneriifolia (endémica): Espanha.
  • P. variegata (endémica): Russia.
  • P. villosa: Suécia, Noruega, Finlândia, e Russia.
  • P. vulgaris: Islãndia, Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Russia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Alemanha, Polónia, Républica Checa, Eslováquia, França, Suiça, Liechtenstein, Austria, Hungria, Roménia, Portugal, Espanha, Itália, Eslovénia, e Croácia.





Drosera
O género Drosera está representado por apenas 3 espécies, nenhuma delas é endémica Europeia.





  • D. anglica: Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Alemanha, Polónia, Replublica Checa, Eslováquia, França, Espanha, Suiça, Liechtenstein, Austria, Hungria, Romênia, Itália, Macedónia, Estónia, Latavia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Russia, e Georgia.
  • D. intermedia: Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Estonia, Latavia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Russia, Georgia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Alemanha, Polónia, Republica Checa, Eslováquia,  França, Suiça, Liechtenstein, Austria, Itália, Eslóvenia, Croacia, Roménia, Portugal, e Espanha.
  • D. rotundifolia: Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Alemanha, Polónia, Checa, Eslováquia, Eslováquia, França, Espanha, Suiça, Liechtenstein, Austria, Hungria, Roménia, Itália, Macedónia, Estónia, Latvia, Lituânia, Belarus, Ucrânia, Russia, e Georgia.




 Utricularia
Todas as espécies da Europa pertencem ao género Utricularia, com excepção da U. subulata do género Setiscapella. A espécie U. bremii é quase endémica, excepto para a ocorrência dessa planta no Japão.






  • U. australis: Irlanda, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Russia, Polónia, Republica Checa, Eslóvaquia, Hungria, Suiça, Itália, Eslóvenia, Croácia, Jugoslávia, Roménia, e Bulgaria.
  • U. bremii: Bélgica, Dinamarca, França, Suiça, Italia, Alemanha, Republica Checa, Eslováquia, Hungria, Ucrânia, Russia e possivelmente a Irlanda e o Reino Unido.
  • U. gibba: Portugal, Espanha; introduzida no Reino Unido e Hungria.
  • U. intermedia: Gronolândia, Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Polónia, França, Suiça, Italia, Austria, Republica Checa, Eslováquia, Croácia, Jugoslávia, Romênia, Ucrânia, Russia, Georgia e possivelmente o Kazaquistão.
  • U. minor: Gronelândia, Islândia, Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Estónia, Latavia, Lituânia, Russia, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Polónia, Republica Checa, Eslováquia, Austria, Hungria, Roménia, Bulgária, Espanha, França, Suiça, Italia, Eslovénia, Croácia, Bosnia/Herzegovina, Jugoslávia, Albânia, and Grécia.
  • U. ochroleuca: Gronolândia, Irlanda, Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Bélgica, França, Alemanha, Dinamarca, Russia; e possivelmente a Polónia.
  • U. stygia: Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Alemanha, Austria, Republica Checa, e a Eslováquia.
  • U. subulata: esta espécie, comum noutra parte do mundo, na Europa, apenas existe em Portugal.
  • U. vulgaris: Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Russia, Georgia, Arménia, Azerbeijão, Alemanha, Polónia, Republica Checa, Eslováquia, França, Espanha, Suiça, Itália, Austria, Hungria, Eslovénia, Croácia, Bosnia/Herzegovina, Jugoslávia, Macedónia, Roménia, Bulgaria, Albânia, e Grécia.

Como as plantas carnivoras se movimentam?

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Todas as plantas têm algum poder de movimentação. Pode ser tão simples como o abanar com o vento, este simples gesto, faz a planta ficar mais forte á medida que cresce, ou o seguir do sol que se move através do céu. Mas com algumas plantas carnívoras o movimento pode ser extremamente rápido e impressionante. mas como as plantas não possuem tecido muscular, como elas fazem isso?

As plantas carnívoras usam três mecanismos principais de movimentação (embora os cientistas ainda discutem sobre isso).
O primeiro mecanismo é o que Dionaea usa para fechar as armadilhas. Trata-se de alterações no tamanho das células de "crescimento ácido". Quando a armadilha é activada (pôr tocar nos pêlos das folhas), a superfície externa da armadilha torna-se maior do que a parede interior. Isso faz a armadilha fechar.



O segundo tipo de movimento é alimentado pelo crescimento de células.
Os tentáculos das Droseras dobram para a frente porque as células de um lado dos tentáculos superam as células do outro lado. Um terceiro tipo de efeito pode envolver a transferência de fluidos.



A movimentação rápida no reino vegetal não é exclusivo das plantas carnívoras. Você provavelmente está familiarizado com plantas como a Mimosa, movem-se quando são tocadas. Basta um toque suave para esta dobrar as suas folhas e colapsar pateticamente para o solo.

Aliás, nem todas as plantas carnívoras têm movimentos rápidos. Muitas capturam a presa por terem folhas em forma de recipientes(Sarraceneas, Nephentes, etc), em que as presas são atraídas para lá, não tendo como escapar. Estas plantas não têm partes móveis!





em resumo, as plantas carnívoras são verdadeiramente surpreendentes, elas não são criaturas de outro planeta! São plantas que desenvolveram hábitos extraordinários para sobreviver. Fascinantes, intrigantes e belas, no final elas apenas são plantas como tantas outras.

O que é que as plantas carnívoras "comem"?

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O alimento depende de onde elas vivem. Muitas plantas carnívoras, como a Utricularia e Aldrovanda, vivem com as armadilhas submersas na água. Estas plantas capturam as pequenas presas, como rotíferos, e ainda presas maiores aquáticas, tais como larvas de mosquito e até peixe.

As armadilhas no género Genlisea podem até capturar protozoários, alguns cientistas pensam que são especializadas especificamente para o fazer! Enquanto isso, a Pinguicula e a Drosera tendem a capturar insectos voadores como mosquitos, moscas e mariposas.

As Sarracenias, Nepenthes, Cephalotus, etc, capturam insectos, especialmente moscas, mariposas, vespas, borboletas, besouros e formigas. As plantas carnívoras também capturam qualquer insecto rastejantes.





Ocasionalmente, capturam vertebrados, como ratos e pássaros. As Nepenthes (o jarro de planta tropical), são uma das espécies onde tal pode acontecer. Qualquer rato ou pássaro mais distraido ou muribundo pode muito bem cair dentro de uma armadilha, e não conseguir sair pelos proprios meios, e morre. As rãs também são capturadas, mas mesmo isso é bastante raro. A Nepenthes normalmente satisfaz o seu apetite voraz com o rastreamento de bugs e insectos.



Video - Terrários espectaculares!

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Encontrei estes videos no YouTube e, achei que devia partilha-lo com os nossos leitores. É de causar inveja a qualquer apaixonado por plantas carnívoras. Vejam e comentem:






Fotos - Sarracenea leucophylla hibrid

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Aqui ficam mais algumas fotos, desta vez de uma Sarracenea leucophylla hibrid, para a delicía dos nossos leitores.


Sarracenea leucophylla hibrid




Fotos - Cephalotus follicularis

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Algumas fotos de uma das mais belas espécies de plantas carnívoras a:


Cephalotus follicularis

Classificação das plantas carnívoras

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  Ordem
Família e Género
Poales
Família - Bromeliaceae

              
Género Brocchinia (2) B. hectioides  B.reducta

               Género Catopsis (1) C. berteroniana

Família - Eriocaulaceae

               Género Paepalanthus (1) P .bromelioides
Caryophyllales
Família -Droseraceae
               Género Drosera (150)
               Género Dionaea (1) D. muscipula
               Género Aldrovanda (1) A. vesiculosa

Família - Nepenthaceae
               Género Nepenthes (92)

Família - Drosophyllaceae
               Género Drosophyllum * (1) D. lusitanicum

Família - Dioncophyllaceae
               Género Triphyophyllum (1) T. peltatum
Oxalidales
Família - Cephalotaceae
               Género Cephalotus (1) C. follicularis 
Ericales
Família - Sarraceniaceae
               Género Sarracenia (8)
               Género Darlingtonia (1) D. californica
               Género Heliamphora (9)

Família - Roridulaceae 
               Género Roridula ** (2) R. dentata R. gorgonias
Lamiales
Família - Lentibulariaceae    
               Género Pinguicula (83)
               Género Genlisea (22)
               Género Utricularia *** (218)

Família - Byblidaceae  
               Género Byblis (6) B.aquatica  B.filifolia  B.gigantea  B.lamellata  B.liniflora  B.rorida

Família - Martyniaceae 
               Género Ibicella (1) I. lutea
               Género Proboscidea  (2) P. lousianica  P. parviflora 

Fichas de Cultivo

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Uma compilação de várias fichas de cultivo de espécies de plantas carnívoras mais comuns entre os aficcionados. Com diversa informação sobre como: cultivar, tratar, semear e reproduzir.
Sempre útil para aprender um pouco mais, ou inclusivé, para tirar algumas dúvidas...


Espécies abordadas nas fichas de cultivo:
Cephalotus
Dionaea m. Fine Tooth x Red
Dionaea muscipula
Drosera adelae
Drosera aliciae
Drosera capensis
Nepenthaceae
Nepenthes alata
Pinguicula primuliflora
Sarracenia leucophylla hybrid
Sarracenia purpura







D O W N L O A D

"close-ups" - Dionaea giant tooth

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Para quem não sabe, a Dionaea é normalmente a primeira planta carnívora comprada pelos principiantes. Não só pela sua particularidade única do movimento das armadilhas mas, também, por ser fácil de tratar.

Ficam aqui alguns "close-ups" de uma Dionaea giant tooth:





 

Cultivar e tratar das plantas carnívoras - parte 5 (última)

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As plantas


Neste 5º e último artigo vamos abordar o tratamento das plantas, fundamental para um bom crescimento, mas também, para se evitar pragas e/ou doenças. Para evitar males maiores, devemos estar atentos e limpar todo e qualquer fragmento das plantas.
As partes secas têm tendência a apodrecer rapidamente, especialmente numa cultura em vasos, sem grandes movimentos de ar. Assim que alguma parte da planta começa a apodrecer, devemos retira-lo imediatamente.

Os restos de insectos também devem ser retirados(especialmente nas armadilhas das Dionaeas),visto que também podem serem atacados por fungos, propagando-se para as plantas levando à sua morte.
As urnas das Sarracenias durante o Outono secam, e são frequentes ataques de parasitas, para evitar esses ataques é preferível cortar as urnas secas deixando apenas as urnas novas e verdes.
É também aconselhável, para quem tem as plantas em terrários ou estufas, manter o nível água dentro das urnas das Sarracenias para que não seque completamente. 1 a 2 centímetros de água é o suficiente para que a planta faça uma boa digestão.

Outro factor a ter en conta são as algas e musgos(não confundir com o esfagno), pois estes abafam as plantas, mudar as plantas do vaso para um novo, evita esse problema. Este fenómeno atinge todas as espécies de plantas carnívoras de tamanho modesto assim como também as sementes.

É do conhecimento geral que as plantas Carnívoras vivem em ambientes húmidos. Poucas são as espécies que suportam ser vaporizadas com água(por ex: a Nepenthes) e muito menos regadas. Tal como foi referido no artigo sobre a rega, esta deve ser feita por baixo, quer nos vasos quer nos terrários.

Controlar frequentemente a temperatura e nivel de húmidade(especialmente em terrários e estufas. Basta um destes factores ter valores demasiado baixos ou altos para que afectem as plantas carnívoras.
Temperaturas demasiado altas pode fazer com que certas espécies de plantas não entrem no estado de hibernação(estado fundamental para um boa longevidade da planta) no Inverno. Isto leva a que a planta tenha uma vida útil bem mais reduzida. Além disso, irá provocar um aumento da evaporização da água e diminuição da húmidade.

Algumas espécies são nativas de zonas tropicais(não entram em estado de hibernação), e não toleram temperaturas demasiado baixas.
O ideal nestes casos, é manter as plantas destas espécies separadas das outras de modo a ter um ambiente mais controlado.
As plantas carnívoras no seu habitat natural, são encontradas em lagos e pântanos alagados em água com elevados niveis de húmidade. Por isso, é essencial manter o nível de húmidade relativamente alto e controlado.

Cultivar e tratar das plantas carnívoras - parte 4

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 Temperatura e Ventilação




Temperatura:

A temperatura é outro factor importante e delicado no cultivo das plantas carnívoras. Não é fácil adaptar as exigências de conforto das plantas. Especialmente, quando se tem várias espécies diferentes no mesmo ambiente(local). A maior parte das carnívoras necessitam de um período de descanso invernal(hibernação), dependendo das espécies, a temperatura ideal é entre 5 a 7ºC ou 12 a 15ºC. A hibernação é vital para o bom desenvolvimento das plantas, sem ela, as carnívoras esgotam-se e a sua vida fica assim reduzida. O ideal é colocar as plantas num local pouco aquecido mas luminoso durante o Inverno, o ideal é uma estufa.





Ventilação:

outro factor a ter em conta, a ventilação. Caso tenha as plantas carnívoras num terrário ou estufa coloque aberturas ou uma pequena ventoinha para fazer circular o ar. Não é necessário usar ventoínhas grandes, basta uma pequena ventoínha como as usadas nos computadores de 12V. Nas estufas, pode também optar por abrir a porta ou janela(caso exista), assim que a temperatura exterior o permita. Dentro de casa, entreabra a janela quando existir bom tempo e sobretudo durante a noite, para fazer baixar a temperatura, desse modo, as plantas irão desenvolver-se melhor.



Nota: Ventilação não é sinónimo de grandes correntes de ar, as plantas não vão apreciar ventos frescos durante tudo o dia, além disso, irá afectar o modo de crescimento das plantas. Especialmente as Serraceneas, os cones podem partir ou crescer deficientemente devido a um grande fluxo de ar.

cultivar e tratar das plantas carnívoras - parte 3

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A Luz e Luminosidade

Outro factor importante da qual devemos ter em conta no cultivo das plantas carnívoras, é a luz.
A luz, é essencial ao crescimento porque permite ás plantas realizar a fotossíntese, é também um factor chave para conseguir uma boa cultura.
Á dois tipos de luz: natural e artificial. Ambos os tipos, podem ser usados para as plantas carnívoras.


Luz natural:
As carnívoras precisam de uma forte intensidade luminosa para mostrar as suas magníficas cores e uma aparência saudável. O ideal é o uso de luz natural.
Excluindo as Pinguicularias e as Nepenthes, que prosperam em locais com intensidade luminosa media, todas as outras suportam o sol directo.
No entanto, atenção, ao colocar as plantas numa janela durante o Verão, porque o vidro pode fazer de lupa e  queimar as plantas. É aconselhavel utilizar um filtro para minimizar a intensidade.
Colocar as plantas numa janela virada a norte não é aconselhado.
Se as plantas estiverem numa estufa, uma exposição a oeste é mais favorável durante os meses de Verão, devido à subida de temperatura (efeito de estufa). Quando expostas ao Sol directo a húmidade do solo e o nivel de agua no prato, diminuem mais rapidamente devido á evaporação.


Luz artificial:
A luz artificial é amplamente usada por quem tem as plantas em terrarios, no entanto, deve reger-se por certas regras. Escolher o tipo de iluminação adequado é essencial.
existem duas possibilidades: tubos fluorescentes e as lâmpadas de vapor de sódio.




Tubos fluorescentes
Barato, e económico em termos de energia, o tubo fluorescente é largamente utilizado no cultivo das plantas carnívoras. Tem a vantagem de ser relativamente fria, não aquecendo assim em demasia as plantas. No entanto, a qualidade da luz diminui com o aumento da distância entre o tubo e as plantas. Para um terrário do tamanho de um aquário até 200L, dois tubos fluorescentes 12 horas por dia é uma boa solução.



Lâmpadas de vapor de sódio
Ao contrário dos tubos fluorescentes, as lâmpadas de vapor de sódio aquecem bastante e consomem muita energia, são geralmente utilizadas por especialistas e/ou em grandes superfícies. Comprar lâmpadas de uma marca reconhecida permite assegurar uma maior durabilidade das mesmas. As lâmpadas devem ter um valor em K. Para simular ao máximo a luz solar utilizar lâmpadas com um valor superior a 6000K.
O ideal será um valor de 6500K.

cultivar e tratar das plantas carnívoras - parte 2

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Nesta 2ª parte sobre o cultivo e tratamento das plantas carnívoras iremos abordar a rega e a àgua que deve ser usada para o efeito.


Rega:
Geralmente o método mais usado para regar as plantas e manter o solo sempre húmido é, o famoso prato por baixo do vaso.
As plantas carnívoras não devem ser regadas por cima como as comuns plantas, mas sim, através deste método.
O prato deve estar sempre com àgua, especialmente no Verão devido as altas temperaturas. No Inverno pode-se deixar secar por completo a àgua do prato mas, controlar sempre o nivel de húmidade do solo e não manter o prato sem àgua por longos períodos de tempo.
Um nivel demasiado alto de húmidade no solo ou solos encharcados, podem levar a que as raizes das plantas apodreçam levando á morte prematura da planta.


Àgua:
A àgua como todos nós sabemos, é essencial á vida, as plantas carnívoras não são excepção. Além disso, este é um dos aspectos mais importantes no tratamento destas plantas.

É imperativo utilizar água doce, isenta de quaisquer tipo de sais minerais, tais como calcário ou cloro. A àgua mais indicada e usada, é sem dúvida, a àgua desmineralizada(a vulgar agua destilada, utilizada por exemplo, em ferros de engomar). A água da chuva também é indicada, embora o seu uso frequente favoreça o desenvolvimento de algas na superfície dos vasos.
Também é possivel utilizar água "criada" por osmose inversa, bem mais limpa. Existe no mercado pequenos aparelhos que permitem "criar" essa água por um processo físico.



Àgua desmineralizada(água destilada)


Aparelho de Osmose Inversa


cultivar e tratar das plantas carnívoras - parte 1

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Iniciamos aqui, uma série de posts de como cultivar e tratar das plantas carnívoras. Conselhos gerais, abrangentes a todas as espécies. Comecemos pelo substrato(solo)!


Substrato:
Na maioria dos casos, a turfa loira é o ingrediente principal das misturas para as plantas carnívoras. Atenção, as turfas enriquecidas com adubos, podem causar danos ou mesmo a morte das plantas. O problema é que a turfa tem tendência a compactar-se e a asfixiar as raízes das plantas, é por isso que a devemos misturar com outros elementos, tais como os seguintes:

   - Turfa loira
     - Perlita
     - Vermiculita
     - Pouzzolane
     - Areia de quartzo

O ideal é usar uma mistura com 75% de turfa e 25% de outra matéria citada acima, percentagens usadas na grande maioria das espécies.
No decorrer dos vários posts verá que diversas misturas de substrato(solo) foram preparadas para as diferentes espécies.


 
Turfa loira:
A turfa é constituída de matéria orgânica, principalmente de esfagno, mal decomposta. Pobre em substâncias nutritivas e de PH ácido (entre 3,5 e 4,5), ela tem o defeito de ser muito difícil de molhar quando está demasiado seca. Uma turfa de boa qualidade retorna ao seu volume inicial depois de ter sido comprimida nas palmas das mãos. Constitui a base do substrato das plantas carnívoras.





 

Perlita:
Sílica pura, expande-se tipo pipocas e forma um granulado poroso quando aquecida a 1700ºC. Inerte e neutra, bem mais estável que a vermiculita, é a matéria ideal para aligeirar o meio. No inicio tem tendência a flutuar, fenómeno que desaparece quando já se encontra embebida em água.









 Vermiculita:
Sílica de alumínio, ferro e magnésio dilata-se em folha sobe o efeito do calor. Menos inerte que a perlita e ligeiramente alcalina, a Vermiculita é  excelente para aligeirar o substrato de plantas que necessitam de uma mudança de vaso frequente.








Pouzzolana:
É uma rocha vulcânica composta de basalto. É vendida sob a forma de berlindes porosos, que constituem um excelente meio de drenagem e aeração do solo. No entanto, a pouzzolane liberta minerais, que podem ser causa de problemas em algumas plantas.









Areia de quartzo:
A areia de quartzo é a única que pode ser usada. Não utilize areia calcária, pois irá provocar a morte da maioria das plantas carnívoras. Prefira areia de quartzo grossa, a fina tem tendência a compactar.